Evangelho1

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domingo, 31 de março de 2013

FORA DA IGREJA


A necessária vigilância do Cristão.



Quero através deste artigo, lançar a todos os leitores a oportunidade de conhecerem a minha linha de raciocínio em relação ao evangelho de Cristo.

Ano após ano, surgem a cada dia no universo novos movimentos para querer demonstrar o verdadeiro caminho, ou a ideologia correta em relação ao caminho do evangelho a ser seguido. Quero deixar bem claro que qualquer manifestação humana para tentar explicar e expor de forma correta o Cristo será falha, pois o homem jamais poderá compreender o agir de Deus. A forma como Deus age e fala com cada um de nós é muito particular. Assim como um pai que possui vários filhos e trata com todos de variadas maneiras, assim também é com o nosso Pai Espiritual.
Isso não significa dar margem para as manifestações que ocorrem hoje, as aberrações teológicas e evangélicas existentes em nosso meio. Quero dizer com isso, que Deus tem uma maneira de falar com cada um de nós. Daí a necessidade de não sermos seguidores de homens e nem de suas idéias. Jesus Cristo não nos deixou um modelo para o adorá-lo, Ele apenas disse que importa que o adoremos em espírito e em verdade. Cristo não mais aplicava as formas sacrificiais e cerimoniais, mas que agora o culto é no Espírito Santo. É Deus nos chamando para um contato mais íntimo e real com Ele.

Aí encontramos o problema da Igreja de Corinto alojado na igreja de hoje. Quando o apóstolo foi informado pelos da família de Cloé sobre a questão de contendas entre os irmãos de Corinto. Eles percebiam claramente como essas dissensões desonravam o nome de Cristo. E aqueles que defendem denominações e facções, exaltando assim nomes que não o de Cristo, por semelhante modo, ordinariamente não percebem o opróbrio que essa atitude faz redundar contra Cristo e a sua causa. Por isso mesmo será necessário que Cristo restaure a unidade orgânica de sua igreja, o que sem dúvida terá lugar antes de sua vinda.
Paulo é quem fora o fundador da igreja de Corinto. Portanto, seu nome era ali reverenciado. Alguns membros daquela congregação se mantiveram leais a ele, quando surgiram disputas em torno da autenticidade de seu apostolado. Mas alguns de seus seguidores, em seu zelo em favor de Paulo, obscureceram assim o nome de Cristo. Também não há que duvidar que Simão Pedro houvesse visitado Corinto. E alguns dos crentes de tendências mais legalistas, ou, pelo menos, alguns membros judeus daquela igreja, sentiram uma afinidade natural por Cefas. Todavia, os crentes que eram gentios puros sentiam maior afinidade por Paulo.

Além disso, Apolo era um eloqüente judeu alexandrino, sendo o líder cristão mais filosófico que se conhecia, e os irmãos com tendências para a eloqüência e a filosofia passaram a apoiá-lo, o que não podiam fazer no caso do apóstolo mais tipicamente judaico, Pedro. E assim, de conformidade com os sentimentos e com as preferências pessoais, foram coroados pela multidão dos discípulos de Corinto vários heróis. E, nessa confusão, o nome de Cristo foi esquecido. É interessante que havia também o partido de Cristo. Mui provavelmente esse partido era formado por crentes coríntios que negavam a autoridade daqueles três citados líderes, e então, talvez com um ar de superioridade espiritual, se declararam seguidores verdadeiros de Cristo, em contraste com os demais membros da igreja, cujos heróis eram apenas grandes vultos do cristianismo.

Diante dessa confusão, Paulo apresentou quatro acusações contra o espírito de partidarismo:

a) As facções davam a líderes particulares uma posição que somente Cristo pode ocupar (I Cor. 1:13-17);
b) Muitos dali estavam considerando os apóstolos como mestres de filosofia, e não como pregadores da Palavra da Cruz;
c) A verdadeira sabedoria, concedida pelo Espírito de Deus não era aquela que aquele espírito faccioso pensava;
d) Aquelas divisões faziam dos apóstolos rivais, e não cooperadores sob as ordens de Cristo.

Havia os legalistas; o herói deles era Pedro. Havia os intelectuais; o herói deles era Apolo. Havia os liberais; o herói deles era Paulo. Havia os cristãos; o herói deles era Jesus. Provavelmente este ultimo grupo se compunha de místicos, e por certo eram exclusivistas, reivindicando para si mesmos conhecimento e uma experiência superiores que os membros das demais facções de Corinto. Parece que esse grupo negava ter conexão com qualquer herói humano (os que hoje pregam contra o dom do pastoreio), jactando-se de uma pureza maior. Não formavam uma denominação – compreenda-se bem! Estavam acima desse tipo de coisa. 

Não é isso que estamos vendo exatamente hoje? Agora a moda é seguir a Graça. Eu vivo na graça, me reúno em graça... Engraçado que até poucos anos atrás, não se seguia esse evangelho, mesmo ele existindo há séculos na Escritura Sagrada. Mas tal movimento se propagou através de um homem chamado Caio Fábio. O problema quero eu pensar assim, não está no homem chamado Caio, mas nas pessoas que idolatram tal ideologia deste homem. Não nos esqueçamos do Movimento evangélico que invadiu a nossa Nação há alguns anos atrás. Todos começaram a sair de suas igrejas e seguiram a Visão. Eu sou da Visão, faço parte da Visão, sou G12, e por aí vai. 

Em que deu tal movimento? Simplesmente nada. Tudo passou como também vai passar esse novo movimento que se utiliza do termo divino chamado Graça. Sabe por que vai passar? Porque a Graça nada tem a ver com ideologia, sair dos templos para realizar encontros em casa, deixar de usar terno e gravata e passar a usar bermuda para dizer que agora vive na Graça, na simplicidade do evangelho. Viver como diz a música “deixa a vida me levar, vida leva eu”, tendo isso como a interpretação da Graça. Como a palavra nos ensina, muitos já deixaram o Espírito se apagar em suas vidas por causa dessa visão.

Quando Cristo fala de graça, ele fala de relacionamento, sentimento, comportamento. Não é a mudança de local (templo-casa), mas a influência que sua vida vai causar na vida dos outros, se vai ser boa ou ruim. O problema da igreja de Corinto é o problema que vemos hoje. A velha mania de seguir preceitos de homens. Temos esse mal dentro de nós. Nunca despertamos para essa simplicidade do Evangelho, mas bastou o Caio Fábio aparecer e pregar seus pensamentos, que começou a surgir em todo o País os discípulos do Caio. Tenho certeza e não quero julgar, que esse não é o pensamento deste homem, diante das grandes lutas que ele passou, mas que apenas as pessoas despertem para ser influência do bem na vida do outro.

Quando Cristo fala da simplicidade do Evangelho, Ele não se refere ao fato de você usar terno ou bermuda, mas Ele está se referindo a simplicidade da alma, aquilo que somente Ele pode ver que é o coração. O mal não está nas denominações, o mal está na alienação que tais denominações realizam na mente das pessoas. Tenho feito tudo que sinto em meu coração mediante a aprovação de Cristo. Quando quero fazer algo que não é da vontade Dele, simplesmente não flui, não dá certo. Mas quando Ele deseja tudo ocorre na maior naturalidade respeitando o processo orgânico da vida, assim como a germinação de uma semente, tudo no seu devido tempo.

Hoje estou caminhando nesta simplicidade. Sou responsável por um Ministério? Sou! Ora! Eu fui vocacionado para isso e não posso fugir; simplesmente porque meia dúzia de gente acha errado a manifestação de igreja? De forma alguma. Uso agora eu as palavras de Paulo; por acaso procuro eu o agrado de homens ou de Deus? Eu faço o que Deus determina e ponto final. Através da pergunta de Paulo aos coríntios, eu também pergunto: “Será que Cristo está dividido? Foi Paulo, Pedro, Apolo, Caio Fábio, Silas Malafaia, crucificado por amor de vós? Ou fostes batizados em nome destes? 

O apóstolo dos gentios nos mostra aqui a verdade que nenhum mero nome humano pode ser guindado a posição de herói. Cristo é quem realizou a expiação capaz de levar os homens de volta a Deus. Em seu nome e comunhão é que o crente é batizado, e esse próprio batismo é um sinal de identificação com Ele, em sua morte e ressurreição. Nenhum homem pode ser símbolo dessa identificação, quanto menos dessa realidade.

A culpa daqueles facciosos não consistia de terem pontos de vista diversos uns dos outros, é normal haver pensamentos diferentes. Mas tais pontos de vista consistiam não tanto de dizerem “Isto é a verdade”, e, sim, de dizerem, “Isto não é a verdade”. A culpa do cisma se salienta quando cada grupo ou partido, ao invés de expressar plenamente a sua própria verdade, se lança contra os outros, negando que os outros estejam na verdade, em qualquer sentido.

Teria Cristo se tornado propriedade de qualquer facção, como se somente esta pudesse representá-lo, mas não ninguém mais? Esse está sendo o mal do movimento da Graça propagado pelos homens hoje. Uma das características deste movimento consiste de suporem, que, de alguma forma especial, representam a Cristo como nenhum outro grupo cristão é capaz de fazê-lo, até mesmo quando admitem que outros grupos também podem ser crentes verdadeiros. Antes, raciocinam, que não podem ser tão bons crentes como os membros de seu próprio grupo. Pensam que possuem a Cristo de forma toda especial e exclusiva, como ninguém mais pode possuí-lo. Que nós possamos meditar sobre isso, e não mais aplicar o nosso tempo na discussão de filosofias ou achismos, mas na prática do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

“Assim digo para que ninguém vos engane com raciocínios falazes”. Colossenses 2:4.

Pr. Philipe Baracho Ferreira.

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